Não quero ser mal agradecida a essa característica que adquiri ao longo do tempo e que muita gente acha uma bela qualidade, mas meu otimismo tende a me passar a perna. Eu sou aquela pessoa que sempre vê o melhor das coisas, que fala "falta de sorte" em vez de usar a palavra "azar" e que sempre, acima de tudo, olha pro pôr-do-sol com um sorriso no rosto. O problema está em sempre confiar no torto, no mal-acabado, no defeituoso. Adoro gente imperfeita, com defeitos visíveis - de alguma forma sempre achei beleza no fato de alguém admitir que tem questões em aberto - isso é um tipo raro de coragem. É difícil ver o erro e dizer, "Ok, esse não é o caminho que eu escolhi no começo", virar as costas e começar tudo de novo. Me sinto péssima ao ver que, em muitas vezes, os erros que me acontecem eu poderia ter contornado de alguma forma, mas aí vem a voz implacável do otimismo e o gosto enjoado do bom humor que me leva como uma onda e sussurra no meu ouvido: "Entre solavancos, tropeços e caídas, olha para o pôr-do-sol, sorri e pensa: o sol sempre estará ao teu lado."
Florescer costurados em cores, alçados por alegrias que nos caem do céu, quando menos esperadas, anunciando que depois de outonos, a vida sempre nos reserva primaveras...' - Pablo Neruda (encontrei no blog da Sílvia, espero que esteja tudo bem em compartilhar ^^)
Mas o otimismo é bom! É ele que faz a gente continuar de pé quando temos de voltar ao começo. É muito fácil estar bem quando os planos dão certo sempre. O difícil é continuar otimista depois de uma série de erros.
ResponderExcluirOtimismo é sempre uma boa pedida. Sou um otimista perdido e adoro. :D
O mundo precisa de mais otimistas.