Para ler ao som de
Hoje de madrugada me deparei com algo engraçado: às 5h da manhã de uma quinta-feira (quase cabalístico, isso), me acordei com o grito ensandecido de um vizinho meu dizendo: DESLIGA O SOM, PORRA!! Ri, porque nessas horas é melhor rir do que chorar (é melhor ser do contra e achar tudo isso muito engraçado do que me juntar à marcha dos assalariados irritados) e, também, porque todo momento de descontrole alheio me faz achar uma graça estranha na vida.
E foi aí que eu me dei conta de algo muito incomum (será?): Meu sono se perturba com gritos, não com música - mesmo que essa seja Querência Amada, uma das músicas gauchescas mais clichês que eu já ouvi, com exceção, talvez, do próprio hino do estado. Um tempo depois, o ouvinte tradicionalista resolveu desafiar a paciência do condômino estressado. Nenhum pio dele. O ouvinte deu uns gritos, mas nada sequer parecido com o ranzinza bonfinense ( expressão horrível utilizada num jornal do bairro) - eram gritos loucos de felicidade. No final de tudo isso, concluí uma coisa: não acordo com o som do vivente da querência porque meu sono só se abala com stress.
OBS.: Mas eu não consigo evitar a pergunta... Por que diabos alguém acorda às 5h pra ouvir Querência Amada? Isso me fez perder completamente o sono.
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