Sobre o ato de reinventar-se

Existem fases na vida das pessoas onde tudo se torna um tanto cinza... As coisas que se faziam com tanto prazer agora fazem parte de uma rotina que nos faz ficar quase que entorpecidos, completamente entediados. Os mesmos amigos, os mesmos lugares, as mesmas comidas. De repente, nada nos surpreende. E nessas horas, o que a gente faz? A gente luta pra virar a mesa. Pra se reinventar. Quase como um lagarto quando troca de pele, às vezes nós temos que trocar a nossa também - a nossa pele de dentro. Como? Caminhe mais, mude velhos hábitos, construa novos, tire as roupas velhas do armário, se recicle... O ser humano é ótimo por isso - por ter a habilidade de sempre estar em movimento, sempre em transformação. Metamorfose ambulante.

Às vezes as pessoas tendem a ser mal-agradecidas pela vida que tem. A gente tem que lembrar tudo que nos faz feliz, e agradecer isso, sempre. As coisas ruins que nós temos a opção de deixar pra trás, por favor, deixe. Ninguém é obrigado a se torturar com coisas que não são boas.

Nunca perca a capacidade de sentir as coisas. Nosso mundo traz essa idéia idiota de que as pessoas têm que ser fortes, demonstrar frieza diante das situações. Não consigo achar um fundo de sentido nisso. A coisa mais triste é ver alguém se tornar anestesiado diante da vida. Não sentir nada, nem alegria nem tristeza. Por isso, quando tiver vontade de chorar, chore, demonstrar sentimentos nada mais é do que provar que pessoas são de carne-e-osso, não são como um Super Homem ou Mulher Maravilha da vida que nunca podem demonstrar imperfeições... Isso que faz as pessoas serem fascinantes.