quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Tempo, tempo, mano velho, falta um tanto, ainda (eu sei) pra você correr mansinho

Faz tempo. Eu sei, eu sei, desculpa. Mas esse tempo serviu pra eu pensar sobre muitas coisas, durante muito tempo, conversando com muitas pessoas, convivendo com muitas pessoas. Me dei conta de uma coisa: eu mudei. É claro que se espera que as pessoas mudem. Mas é visível as diferenças do meu estilo de vida de lá pra cá. É meio triste se dar conta disso, porque ao reler tudo que eu já escrevi, tudo que eu já pensei e expus, eu vejo que meu tempo tem se diminuído. Trabalhar, estudar, ver gente, ler gente, tudo isso me suga uma energia absurda e me deixa cada vez com menos vontade de vir aqui e deixar meu peito aberto, exposto às poucas pessoas que ainda estimam esse tipo de site.
Esse ano foi incrível. Não sei bem o que dizer, o fato é que meu mundo virou de cabeça pra baixo e nada permaneceu do jeito que era antes. Eu sei que a gente não se vê mais com tanta frequência, que a nossa época foi ótima, mas a nossa época foi antes. E agora somos outros - isso tudo soa como uma novela mexicana, mas respira. Isso não é ruim. Nosso lugar ainda continua intacto.
Às vezes, antes de dormir, fico pensando nos começos. Como era bom quando eu te conhecia pouco, nós nos explorávamos e conversávamos, conversávamos... Sobre tudo, todos, música, arte, filmes, gente. Agora te vejo, e como um mapa, te leio por completo - cada esquina é conhecida. Seus desejos, dramas, seu jeito de sempre fazer aquela piada que nunca vai perder a graça. Já não há mais nenhum mistério. Eu poderia me extender por horas falando sobre isso, mas você sabe, nosso tempo já não é mais o mesmo. Quero que fique com isso em mente: Nosso lugar está intacto.


Para ouvir com: Glen Hazard - When your mind is made up

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